quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

‎#unplugged




Precisei tirar um tempo pra mim... Precisei olhar pra dentro, e me olhar nos olhos.

A vida é difícil pra todos. É verdade. O curioso é ver como isso parece natural. Mas não devia ser. Todos nós devíamos ter direito a mais dias de sol. TODOS mesmo. A impossibilidade lógica disso é inquietante pra mim. Queria estalar os dedos e mudar o mundo. Queria ver o sorriso nos rostos das pessoas de bem. A justa punição para as pessoas do mal. Queria ver o menino saudável, com a boca suja de sorvete, ao invés desse olhar de fome. Queria que aquele mendigo tivesse terminado os estudos e estivesse dando aulas de Português. Que a moça da casa ao lado nunca mais apanhasse do marido.

Queria que viver o amor fosse tão simples quanto amar. Que as pessoas que se amam não padecessem de saudade. Que o tempo passasse ou parasse, de acordo com as necessidades do amor. E que esse sentimento fosse tão grande que governasse os passos de todas as pessoas. Amar mesmo o “próximo”, pela simples razão de dividir “um planeta e uma época” com essa pessoa. Por fazer parte da História, junto com ela. Ninguém na antiguidade pensava que suas vidas ou seus exemplos sobreviveriam ao tempo, e se perpetuariam na História da humanidade. Nem tampouco nenhum de nós sabe quais os impactos de nossa existência nessa história. Mas se fizermos as melhores escolhas, baseados no bem querer comum, nossas chances de causar impactos positivos serão sempre maiores.

É preciso trabalhar um bocado também. Mais que por questões puramente financeiras, porque REALMENTE enobrece a “alma”. Essa é a realização pessoal que satisfaz o sistema de “recompensa” cerebral de todos nós, dizendo que nossos esforços valeram à pena. Dizem que há pessoas que são motivadas pela ambição, outras pelo reconhecimento e outros ainda, pela realização pessoal. As primeiras vêem o dinheiro como objetivo máximo da vida. Obviamente isso não é errado, a não ser quando pra isso é preciso pisar em outras pessoas. O problema, contudo, é que muitas dessas pessoas vivem tanto tempo GANHANDO dinheiro que não tem EFETIVAMENTE nenhum tempo pra gastar esse dinheiro. Reconhecimento é bom, mas não creio que sozinho faça alguém feliz. Por outro lado, se entendermos o que é esse curto tempo de vida sobre a terra como uma experiência única de aprendizado, de observação, de vivências, e experimentação, surgirá toda uma nova perspectiva sobre a forma como vemos e vivemos nossas vidas. E é num cenário assim que essa “realização pessoal” se faz mais sentir. Particularmente, nunca tive grana e nunca me fez tanta falta assim e recebi pouquíssimos “parabéns”, mas me sinto, depois de me encontrar no fundo de mim, em paz com quem eu sou.

Estou bem; não estou feliz. Refletir tão seriamente sobre vida e morte pode ser bastante aflitivo. Por isso digo que é importante dizer às pessoas, que são importantes pra nós, e mais que isso, fazer o nosso melhor, sempre. Para os meus amigos e amigas, o meu orgulho e alegria em ser seu contemporâneo na História. Para as pessoas que eu AMO, o carinho de um sentimento que sempre pensa no seu bem. SEMPRE. Para minha família, meus mais profundos agradecimentos, pelo amor incondicional. Para VOCÊ, que não importa o que aconteça, desejo MUITO mesmo, que fique bem. E para mim, que continue aprendendo até o último dia de vida.

Se desligar do mundo e analisar a vida, de vez em quando, é muito importante, acreditem.

Guilherme Castelo.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Waiting for you...


The time is passing...
looking around,
thousand of people
the own borders, 
surpassing...

I also have limits, 
and like the others, 
to win every day,
suffering.

It is not easy, however
Fighting waiting
good news arrived,
every morning.

But I'm still working
my way, at my own pace.
Hoping to find a place
together for short, we love
completely
________________
Guilherme Castelo

sábado, 22 de outubro de 2011

Uma homenagem e um protesto, por tudo o que o homem faz contra a Natureza - Chorando pela Natureza - João Nogueira



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Minha homenagem a João Nogueira, misturada ao meu
protesto, contra a ganância humana, que tem
sistematicamente aniquilado o mundo natural, apenas
para alguém ganhar uns trocados a mais...

Música:
Chorando pela Natureza
João Nogueira


Edição e seleção de imagens
(garimpadas da internet):
Guilherme Castelo
guilherme.castelo@gmail.com

Mundo das Letras
guilhermecastelo.blogspot.com


2011
Preserve a Natureza!


domingo, 18 de setembro de 2011

Evasão escolar e desinteresse dos alunos: o que podemos fazer? (um artigo antigo)







UNAMA - Universidade da Amazônia
CCHE – Letras
2009





Evasão escolar e desinteresse dos alunos: o que podemos fazer?

Luiz Guilherme Farias Castelo




"O professor medíocre conta. O bom professor explica. 


O professor superior demonstra. O grande professor, inspira."


(William Arthur Ward) 




Muito se tem falado sobre Reforma na Educação brasileira. Ultimamente até o Papa tem influenciado na Educação brasileira. Mas será que aos verdadeiros interessados, os educandos brasileiros, se têm dada a devida atenção? Temos visto um sem número de fóruns, seminários e reuniões políticas em Brasília desde os anos 80, e ainda assim, enfrentamos graves problemas na educação.

O resultado direto da maioria dessas discussões, contudo, acaba quase que invariavelmente, influenciando de uma forma ou de outra, nas leis que servirão de diretrizes para a prática docente no país. O “texto da Lei” atua, traz uma proposta muito importante, de integração. Há até uma tendência um pouco maior em se utilizarem métodos científicos e experimentados, em detrimento dos antigos preceitos educacionais. Isto é ótimo. Mas é só o começo. É preciso que se perceba que o mundo está em constante mudança e faz-se necessário que acompanhemos essa mudança.

Nesse sentido, podemos afirmar que a formulação do Referencial Curricular Nacional e os PCN’s significaram um enorme avanço em direção à uma “escola” nova, mais dinâmica e mais eficiente. Notamos, contudo, que não é o suficiente. É como dissemos, o começo do caminho. É a bússola indicando o caminho, e ele é longo. A própria distância entre o que diz o “texto da lei” e nossa realidade, é ainda gigantesca.

Nossa “missão”, como os educadores do futuro, é diminuir essa distância. Sabemos, entretanto, das dificuldades de tal empreitada. Há muito a se fazer, e não só no campo da Educação. Não há como se pensar em “Educação”, sem se levar em conta os fatores sociais e seus desdobramentos. Não há como ignorar o papel da família no processo de formação dos indivíduos. Há que se conscientizar as pessoas que é nos primeiros anos da vida que se forma o caráter, que criancinhas aprendem MUITO com os exemplos que tem à sua frente, e que o professor não é o responsável pela criação de seus filhos, mas por sua educação, ou seja, processo de letramento, docência e acompanhamento acadêmico, e que o maior responsável direto pela criança é ele, o pai, é ela, a mãe. Se conseguirmos fazer os pais o futuro perceberem tal realidade com mais compromisso, aí sim, daremos um salto verdadeiramente grande no sentido de unidos, pais e educadores, mudarmos os rumos da educação como a conhecemos, e darmos às nossas crianças mais que esperanças; Dar-lhes certeza de um futuro digno.

Como dissemos, um grande salto. Mas há outros passos tão necessários quanto. É preciso que haja estabilidade entre os outros fatores sociais que compõe essa equação. Parece “chover no molhado”, mas o Governo tem uma parcela FUNDAMENTAL no processo. Seria ingenuidade nossa ficarmos aqui falando da educação básica e sua importância no processo de desenvolvimento do aluno e na necessidade de maior compromisso dos pais na criação e orientação das crianças, e ignorarmos a realidade social dessas famílias. Não podemos mais aceitar que as regras sejam baseadas nas estatísticas da classe média, que sejam pensadas levando-se em conta índices que nem sempre refletem a realidade. Há que se levar em conta que a grande maioria da população brasileira é pobre, que muitas famílias são desestruturadas, por diversas razões, e que o Brasil é um país de contrastes e diferenças, e que são essas diferenças que compuseram o Brasil, desde sua origem.

Há que se ter em conta às múltiplas realidades vivenciadas por cada família, cada criança. Há crianças que aprendem a ler e escrever a palavra “PAI” muito antes de saber seu real significado. Muitos jamais saberão. Há crianças que precisam assumir responsabilidades muito cedo, sendo os “pais” de seus irmãozinhos, pois seus pais precisam trabalhar o dia todo, para ganhar esse mínimo salário mínimo, sem o qual todos morreriam de fome. Há crianças filhas de lares instáveis, que são vítimas de todos os tipos de abusos e privações, e ao contrário do que possam pensar alguns, esses casos não são minoria.

Não podemos mais pensar em uma escola que não esteja integrada à realidade de seus alunos, nem podemos aceitar mais governos descompromissados com a educação das crianças e com as questões sociais e pessoais das famílias. Como ensinar às crianças que devem se alimentar corretamente, com todos os grupos de cores, se eles não têm nada em casa para comer? Como lhes dizer que precisam estudar para ter um futuro melhor se eles vêem seus pais desempregados? Como lhes dizer que se afastem das drogas e do crime se mesmo formados, não terão oportunidades reais na vida? Precisamos fazer alguma coisa. Precisamos mudar nossa concepção de mundo, de tal modo que haja mesmo um futuro para nossos filhos. 

É nesse sentido que o presente artigo vem oferecer uma possibilidade alternativa, para minimizar os impactos de todos esses fatores sociais na educação de nossas crianças e efetivamente diminuir a evasão escolar na Escola-Alvo de nossa problematização, a Escola Brigadeiro Fontenelle.

Durante o processo de pesquisa para a confecção deste projeto, tive acesso a diversas entrevistas, pesquisei jornais, livros sobre educação e pedagogia, revistas especializadas em educação e sites. Dentre essas fontes de embasamento teórico, citarei aqui no corpus do trabalho, algumas dessas fontes, à guisa de exemplificação e elucidação. A íntegra dos principais trabalhos que me orientaram nesse processo poderá ser encontrada mais adiante, no Anexo I.

Uma dessas fontes foi seguramente a reportagem publicada no Jornal Folha de S. Paulo, Caderno Cotidiano, do dia 11 de setembro de 2000, de responsabilidade de Fernanda Krakovics, sob o título “Música ajuda na alfabetização de crianças” que diz, em seu primeiro parágrafo, que “a música é cada vez mais usada para alfabetizar, resgatar a cultura e ajudar na construção do conhecimento de crianças carentes. Projetos que envolvem a música na integração social se espalham por todo o país e são exemplos de sucesso”.

Segundo a Assessora de Comunicação do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), em Brasília, Florrance Bauer, “a música atrai a criança, serve de motivação, deixa-a mais atenta e é um instrumento de cidadania, contribuindo para a elevação de sua auto-estima. A isso se deve o grande número de projetos de educação através da música no Brasil e seu sucesso.”

Ainda na mesma reportagem, a diretora de cultura da Didá Escola de Música, em Salvador, Vivian Queiroz, diz que “a rotina das oficinas de percussão, teclado, bateria, canto e instrumentos de corda desenvolve nas crianças e adolescentes, sem que eles percebam, valores como disciplina e integração.” Segundo Vivian, a música está presente, desde muito cedo, no cotidiano das crianças e, por isso, “elas (as crianças) têm uma sensibilidade musical impressionante, em grande parte porque acordam e dormem ouvindo música.”

Outra iniciativa de educação através da música acontece na escola Centro Educacional Daruê Malungo, na cidade de Recife. Lá, além das aulas de percussão e de outras oficinas culturais, são oferecidas aulas de alfabetização onde o método de ensino, porém, é baseado na música.

Segundo a diretora Vilma Carijós, “aqui o ‘a’ é de atabaque, e não de avião, o ‘b’ é

de berimbau e o ‘c’, de caxixi. Também utilizamos como texto letras de música”. Acredita que, desta forma, facilita a aprendizagem dos alunos “por fazer parte da vida deles.”

Há outro projeto, intitulado “Música na Escola”, parceria da Secretaria Municipal do Rio de Janeiro com o Conservatório de Música Brasileira, que também trabalha a música em classes de alfabetização. Esse projeto envolve os professores da rede municipal de ensino que, depois de freqüentarem oficinas de capacitação em que têm aulas de voz, construção de instrumentos e cultura popular, aplicam o que aprenderam em salas de aula.

Segundo o educador musical Sérgio Henrique Alves de Andrade, a música não está na escola como uma atividade recreativa, mas sim na construção do conhecimento. Ele vê como primordial no projeto, o resgate cultural, e ressalta que “as crianças geralmente não têm acesso à música popular, à diversidade de ritmos. Quando levamos isso para a sala de aula, elas se interessam.”

Outra experiência bem sucedida está sendo aplicada aos alunos da quarta série da Escola Municipal de Ensino Fundamental Marechal Rondon, em São José do Norte.

Os alunos estão aprendendo Matemática, Ciências, Português e outras matérias dentro do projeto “O Tom da Vida” idealizado pelas professoras Marisane Martins e Ladelan Scott Hood, cujo início aconteceu no começo deste ano, depois que as professoras perceberam a falta de interesse dos alunos em ir para a escola. “Como a minha turma é de alunos repetentes, eu não quis repetir o conteúdo da mesma forma que eles já viram. Por isso, ouvi o gosto deles, e todos gostavam de música”, diz a professora Marisane. A partir da letra das músicas escolhidas pelas professoras e pelos próprios alunos – os conteúdos são trabalhados de forma globalizada. “A vida não tem separações. Eles precisam atender tudo ao mesmo tempo”, afirma Marisane.

Através da música Planeta Água, de Guilherme Arantes, como exemplo, as professoras passam lições de sinônimos e antônimos, interpretação, valores, meio ambiente, hidrografia do Rio Grande do Sul e sistema de numeração. Tudo de forma divertida e quebrando a rotina e, assim, estimulando o prazer dos alunos em aprender. “O aluno precisa querer ficar na escola, senão ele não aprende”, diz a professora Ladelan.

Essa iniciativa já trouxe resultados positivos nas duas turmas. Segundo as professoras, o envolvimento dos alunos hoje é bem maior. “É bom, gosto de ouvir música. Nem perco mais as aulas”, afirma o estudante Douglas Viana, de 11 anos. O projeto foi apresentado na Secretaria Municipal da Educação e Cultura do Município e pode ter seguimento no próximo ano. “Tudo vai depender do interesse das turmas”, finaliza Marisane.

Há várias formas de se trabalhar a Música na escola, por exemplo, de forma lúdica e coletiva, utilizando jogos, brincadeiras de roda e confecção de instrumentos, como sugere Sonia Regina Albano de Lima, diretora da regional paulista da Associação Brasileira de Ensino Musical.

"Dessa forma, a música é capaz de combater a agressividade infantil e os problemas de rejeição", justifica ela.

Nas escolas da rede municipal de Franca, onde o Projeto de Educação Musical já existe desde 1994 (ou seja, muito antes da lei nº 11.769 entrar em vigor), as crianças não só ouvem música, como a produzem, fazendo pequenos arranjos e tocando instrumentos como a flauta doce e alguns de percussão. Elas também vivenciam a música, por meio de trabalhos corporais que desenvolvem a atenção e a coordenação motora. "Não queremos formar músicos, mas desenvolver a criticidade para não aceitar tudo o que a mídia impõe, conhecer as raízes da música brasileira, despertar o gosto pela música, preservar nosso patrimônio musical e aumentar o repertório musical nacional e internacional", conta Lisiane Bassi, professora da rede pública estadual.

Além destas iniciativas que acreditam e vêm na música a possibilidade de reintegração social e construção do conhecimento, temos conhecimento de alguns outros projetos espalhados por vários pontos do país. Entretanto, vale ressaltar, que são projetos isolados e que visam, principalmente, crianças carentes e/ou de risco. Bom seria se servissem de exemplo e de parâmetro para uma política educacional mais comprometida com a educação infantil e o ensino fundamental e que pudessem ser disseminados para todas as escolas do ensino fundamental e médio do país.

Após analisarmos tais exemplos de sucesso, fica patente a relevância do ensino através da música, um dos fatores de nossa pesquisa. 

Já sobre o teatro como forma de ensino, nos diz Rubem Queiroz Cobra, doutor em geologia pela Universidade Federal de Minas Gerais e autor do site COBRA PAGES:

“O Teatro na Educação, ou Teatro Educativo, ou ainda Teatro Pedagógico, consiste em trazer para a sala de aula as técnicas do teatro e aplicá-las na comunicação do conhecimento. As possibilidades do Teatro como um instrumento pedagógico são bem conhecidas. Esteja o aluno como espectador ou como figurante, o Teatro é um poderoso meio para gravar na sua memória um determinado tema, ou para levá-lo, através de um impacto emocional, a refletir sobre determinada questão moral. Esta é, portanto, uma questão assente, ponto do qual podemos partir para examinar os aspectos práticos, de sua utilização pelo Pedagogo.

O enfoque aqui adotado não é o da preocupação com crianças que têm problemas de aprendizagem, mas com o comportamento social e moral do jovem psicologicamente normal, não apenas apto, mas também desejoso de um aprendizado de valores, de aspectos psicológicos do comportamento, de opções vocacionais, de Boas-maneiras e Etiqueta para bem relacionar-se com pessoas, etc. O Teatro será um recurso opcional importante para a Formação Comportamental, que é uma atividade pedagógica proposta neste Site para ser inserida na Orientação Educacional (Vide: O ORIENTADOR EDUCACIONAL E O SEU MOMENTO).”

Há ainda o Grupo de teatro científico “Ciência na Cabeça” que traz, na sua terceira montagem, o espetáculo “Frankenstein: a ciência no divã”. 

Formado por alunos de graduação e pós-graduação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenado pelo professor Alfredo L. Mateus do Colégio Técnico da UFMG (COLTEC), o grupo apresenta nessa montagem uma adaptação do clássico de Mary Shelley, Frankenstein. O espetáculo é repleto de experimentos e discussões que abordam diversos assuntos de física, química e biologia. Já foram feitas oito apresentações para um público estimado de 2.500 estudantes de ensino médio e superior e professores.

Este trabalho tanto tem contribuído para a formação acadêmica dos seus integrantes como mostrado o lado lúdico da ciência, trazendo aos alunos a física, a química e a biologia de uma forma agradável e diferente.

No campo da sétima arte, o cinema, há alguns trabalhos já experimentados e funcionais, como é o caso do trabalho desenvolvido pelo Professor de filosofia, romancista e ensaísta, Ollivier Pourriol, em seu livro Cinefilô: as mais belas questões da filosofia no cinema (Zahar, 2009), que promove aulas em um cinema de Paris onde relaciona filosofia e cinema.

Acreditando piamente que a sala escura do cinema permite a rara fusão entre imaginação e racionalidade, o francês Ollivier Pourriol teve uma idéia inusitada: ensinar filosofia através de enredos de filmes cultuados no mundo inteiro. Que tal aprender com Brad Pitt, Tom Cruise, Bruce Willis e Christopher Lambert? O Clube da Luta, por exemplo, leva a um saboroso debate sobre a liberdade; Colateral é pretexto para salientar noções de método; O sexto sentido remete às fronteiras entre consciência e percepção. Assim, por meio de personagens da cultura pop, com seus dilemas contemporâneos, questões tradicionalmente consideradas “difíceis” chegam até o leitor leigo de forma compreensível, envolvente e sem banalizações. A filosofia se torna finalmente um conhecimento ao alcance de todos.


Palavras do autor:
A IDÉIA

POURRIOL. Eu buscava sair da maneira tradicional de ensinar filosofia, e eu passei pelo cinema utilizando extratos de filmes, fazendo, para os meus cursos, apresentações dentro do cinema com filmes. De maneira a transformar o cinema em objeto de pesquisa filosófica, mais do que fazer um curso magistral habitual, porque as duas coisas que gosto mais são mesmo a filosofia e a literatura, e com o cinema tornam-se três. Eu me perguntava se há ligação entre as coisas que amo, e também vontade de saber se há ligação entre a abstração filosófica e a maneira como montamos as imagens, como enquadramos, como filmamos; o que é a idéia do cinema? É isso que me interessa; o que o olho do espírito tem a ver com o olho da câmera, e como isso se conecta. 

Eu explorei isso com dois grandes filósofos difíceis do século XVII; peguei Descartes e Spinoza. Com os dois utilizamos a metáfora do olho, da luz da razão, a intuição etc. E eu me perguntei se era possível compreender alguma coisa no cinema, mesmo se o cinema não existisse. Eu apresento associações entre textos e filmes de onde se desenharia o cinema. É um laboratório aberto, as pessoas podem propor, intervir, não há classificação entre eles, filme “cabeça”, grandes filmes comerciais..., não há a hierarquia acadêmica; é um lugar de prazer, de troca, de reflexão. As primeiras idéias que temos, verdadeiramente mesmo, na história do desenvolvimento de uma criança, é o cinema, a televisão..., são, atualmente, as imagens; e as imagens montadas, as imagens que contam uma história, que são primeiras. Deduzi então, bem... a filosofia, no fundo, agora vem em segundo... 


Metodologia utilizada: 

Sobre o trabalho executado por Pourriol, Edilson Pereira, colunista do site Paraná On-line assim discorre: 


“Pourriol começou a desenvolver o seu método em sala de aula em 2006, no último ano do colegial. Depois continuou numa sala de cinema, no cineclube MK2 da Biblioteca de Paris. O sucesso imediato o levou a fazer quatro conferências sobre a experiência.


O professor diz que não se trata simplesmente de ensinar filosofia por meio do cinema, mas de confrontar cinema com filosofia. Assim como ocorre na ficção científica em relação à física e outras ciências, ele diz que muitas vezes o cinema esclarece mais sobre filosofia graças a seu poder de identificação.


E foi assim que ele levou a sua galera para a sala de cinema e ensinou noções de dois grandes nomes da filosofia moderna: o francês René Descartes (1596-1650), pai do racionalismo e quem deu o pontapé inicial na Idade Moderna, com a expressão lapidar "Penso, logo existo".


O outro filósofo em questão é o holandês Baruch Spinoza (1632-1677), que, ao contrário de Descartes, achava que a emoção só pode ser superada pela emoção e nunca pela razão. Um duelo de gigantes, aliás, também nome de filme.


Pourriol, jovem francês com cara de jovem professor francês de filosofia, introduziu elementos de cultura pop e botou Brad Pitt, Tom Cruise, Bruce Willis e Christopher Lambert para ensinar filosofia para a galera.


Pourriol começou com Descartes e Spinoza porque ambos procuraram universalizar o seu pensamento, conferindo uma forma mais acessível, democrática. No caso de Descartes, em vez de escrever suas obras em latim, ele optou pelo francês.


No caso de Spinoza, escreveu à maneira dos geômetras. Os dois também utilizam a metáfora do olho e da visão para falar sobre o espírito. Em Descartes, a luz da razão e em Spinoza "os olhos da alma". Segundo o professor, estas questões se relacionam com o mundo do cinema, através de metáfora, com os movimentos de câmera.


E como é que se dá isso na prática? Em Colateral, de Michael Mann, Tom Cruise personifica um matador profissional. Há uma cena numa boate em que cada movimento de câmera, de acordo com Pourriol, corresponde a um preceito do método cartesiano.


Está tudo ali: "Idéia clara e distinta (do desfocado à definição), divisão da dificuldade (zoom), invenção de uma ordem não natural (montagem), enumeração (panorâmica).


É delicado resumir, ainda mais sem estar assistindo ao filme, e eis por que no livro proponho uma montagem de trechos de filmes com descrições e diálogos, numa ordem que permite construir a idéia", diz ele. 


Ou seja: é uma maneira de aprofundar uma discussão sobre filmes, servindo também de método para compreender outros. Então é uma questão de método? Sim, diria Jean-Paul Sartre, também filósofo francês. É uma questão de método”.



3 - Conclusões

Tendo em conta a pesquisa aqui realizada e seus respectivos resultados, podemos concluir que a abordagem artística, com foco na música, cinema e teatro, tem produzido resultados largamente satisfatórios nas escolas e Estados onde é realizada, o que me leva a crer que, com as devidas adaptações e ajustes, tais projetos serviriam perfeitamente para originar outros com enfoques mais específicos para nossa realidade paraense, e que fatalmente serviriam como proposta pedagógica no combate à evasão dos alunos na Escola Brigadeiro Fontenelle, alvo de nossa problematização.


Concluímos ainda que é plenamente possível a realização de uma educação inclusiva, voltada para os alunos e seus interesses, de modo a que eles tenham prazer em frequentar a Escola. Basta para isso, que nós, educadores abramos nossas mentes à outras formas pedagógicas, além das que já conhecemos. È preciso que tenhamos humildade para reconhecer que em muitos casos, não passamos de meros repetidores do que nos foi ensinado, da forma que nos foi ensinado. É preciso que tenhamos o foco na EDUCAÇÂO de nossos alunos, não apenas em seu processo de letramento, o que nos levará a novos níveis de compreensão de nossa condição de educador e aos nossos alunos, a desenvolverem seu potencial máximo, enquanto cidadãos, artistas e produtores de conhecimento.


Pudemos perceber ao longo da pesquisa, que o maior fator de evasão escolar nos dias de hoje, tem sido mesmo o desinteresse dos alunos pelos conteúdos ministrados em sala de aula, o que os leva a não prestarem atenção ao professor, nem mesmo quando estão ainda frequentando à escola. 


Compete a nós, futuros professores, não só os de Letras, mas todos, assimilar essa realidade e buscar desde os nossos primeiros momentos no magistério, fazer a diferença. Cabe à nós a tarefa de fazer a Lei 11.769 ser cumprida, e bem cumprida. Não apenas ensinando música para as crianças, mas utilizando-nos dela para transmitir conhecimentos. 


É nesse intuito que propomos uma nova visão sobre a Lei de Diretrizes e Bases, utilizando-a de uma forma COMPLETA e responsável, para melhorar a forma de educar no Brasil e quem sabe assim, mantermos nossas crianças na escola, que é o lugar delas.


Referências


ABRAMOVICH, F. Quem educa quem? 5a. ed. São Paulo: Summus, 1985.


ANDRADE, Marita, ANDRADE, Ana Isabel O. e Sá, Maria Helena A. B. A. A EDUCAÇÃO SE RENOVA NOS MUNICÍPIOS? PRESENÇA PEDAGÓGICA, Belo Horizonte: v. 11, n. 66, p. 54-60, nov./dez., 2005. 


NUNES, Ana Raphaella Shemany. Didática da língua estrangeira. Porto: Asa, 1992. em. O lúdico na aquisição da segunda língua. 


CECI, S.J. On Intelligence ... more or less : a bio-ecological theory of intellectual development. Englewood cliffs, N.J. Prentice Hall. Harvard University, 2007. 


GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a Teoria na Prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 


______ Criança pré-escolar:como pensa e como a Escola pode ensiná-la. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. 


HOUAISS. Dicionário Houaiss de língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002



OSTRANDER, L. e SCHOEDER, L. Super-aprendizagem pela sugestologia. Rio de Janeiro: Record, 1978.


ROCHA, Simone Mariano. FICAI – Um instrumento de rede de atenção pela inclusão escolar. In: BRANCHER, Leoberto Narciso (organizador). O direito é aprender. Brasília: Fundescola/Projeto Nordeste. 1999.



ROSIN, Alessandra Ferreira e TINOCO, Bruno César Barbosa. O uso da música no ensino de língua estrangeira. Licenciandos de Letras Português- Alemão – UFRJ.


SHARON, B. A música na mente. Revista Newsweek, nº: 25. pg. 47. 24/07/2000.



SNYDERS, G. A escola pode ensinar as alegrias da música? São Paulo: Cortez, 1992


SANTOS, Antonio Carlos dos. Jogos e atividades lúdicas na alfabetização. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.


WISNIK, José Miguel. O Som e O Sentido – Uma Outra História das Músicas. Cia. das Letras, São Paulo, 1999.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"Só sei que foi assim"...

Aí um dia, o pescador resolveu sair bem cedo. Levou linha nova, muitas iscas e anzóis. Tinha comprado até um chapéu novo, já que perdeu o velho na última lua cheia. Lanterna e pilhas extras. Fechou a porta de casa e se encaminhava para o carro, percebeu que tinha deixado as chaves do carro lá dentro. Voltou, entrou em casa...

E nunca mais foi visto.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Vogais gerundizando meu infortúnio


O sol me escaldando...
As nuvens se escondendo...
Paredes me oprimindo...
E eu aqui compondo...
Espremido no meu mundo...

_______________
(Guilherme Castelo)

C'est la vie...


Se você soubesse
o que eu passo todos os dias,
choraria,
só de me ver sorrir...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Novos Horizontes



De cima do pequeno monte o guerreiro olha ao redor. Corpos espalhados pelo campo de batalha. Muitos de seus aliados caíram também, junto com os inimigos... Ele lamenta por eles, por todos eles. Pode ver nos olhos dos que como ele, venceram, a mesma dor e o mesmo cansaço... Mas também vê a mesma alegria difusa, ensejada pela vitória...

Contudo, ele sabe que essa alegria é efêmera... Venceram apenas uma batalha... a guerra ainda será longa... Mas é bom senti-la, pelo gosto de esperança que ela traz. Esperança de um mundo melhor, onde as pessoas possam todas ser felizes. Sabe que será MUITO difícil. Sabe que não importa o que faça, também tombará no final... Mas vale a pena... Lutar por uma causa justa sempre vale a pena.

Amanhã será um dia bom. Descansar e aproveitar a vitória. O futuro será bom. Mas logo, logo, a batalha recomeça...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Mais um passo do caminho


Após andar por quatro anos, por uma estrada tortuosa e incerta, atravessei o vale. Aparentemente, a pior fase foi a última, quando tive que escalar a montanha. Daqui de cima posso ver bem longe, até o horizonte... Vejo por exemplo, o caminho atrás de mim e sorrio ao pensar nos momentos difíceis. À minha frente, há outros vales, paragens, rios, montanhas...

A sensação aqui em cima é muito boa. Sinto que posso escolher entre vários caminhos, várias opções de jornadas. Se tenho medo? não. Mas admito que é um pouco assustador não saber qual o melhor caminho escolher, nem aonde ele vai me levar...

Mas sei ONDE QUERO CHEGAR, mesmo não sabendo que caminho escolher. Sei que a jornada será difícil também, afinal, nada nessa vida é fácil. Mas a adrenalina da nova jornada já está me tomando...

Sinto antecipadamente o prazer que será galgar minha próxima montanha, cruzar o próximo rio, lutar a próxima batalha... Porque sei que no final, tudo vai dar certo. Sempre dá, pra quem se esforça e tem a tranquilidade de saber que há dias ruins e dias bons. Meu hoje foi ótimo; o amanhã será MELHOR!
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Explico: Terminei a graduação. Rumo ao Mestrado!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Mulher - Sua Origem e seu Fim


(de Luís Fernando Veríssimo)

Existem várias lendas sobre a origem da Mulher. Uma diz que Deus pôs o primeiro homem a dormir, inaugurando assim a anestesia geral, tirou uma de suas costelas e com ela fez a primeira mulher. E que a primeira provação de Eva foi cuidar de Adão e agüentar o seu mau humor enquanto ele convalescia da operação.

Uma variante desta lenda diz que Deus, com seu prazo para a Criação estourado, fez o homem às pressas, pensando "Depois eu melhoro", e mais tarde, com o tempo, fez um homem mais bem-acabado, que chamou Mulher, que é "melhor" em aramaico.

Outra lenda diz que Deus fez a mulher primeiro, e caprichou nas suas formas, e aparou aqui e tirou dali, e com o que sobrou fez o homem só para não jogar barro fora.

Em certas tribos nômades do Meio Oriente ainda se acredita que a mulher foi, originariamente, um camelo, que na ânsia de servir seu mestre de todas as maneiras foi se transformando até adquirir sua forma atual.
No Extremo Oriente existe a lenda de que as mulheres caem do céu, já de kimono.

E em certas partes do Ocidente persiste a crença de que mulher se compra através dos classificados, podendo-se escolher idade, cor da pele e tipo de massagem.

Todas estas lendas, claro, têm pouco a ver com a verdade científica. Hoje se sabe que o Homem é o produto de um processo evolutivo que começou com a primeira ameba a sair do mar primevo, e é descendente direto de uma linha específica de primatas, tendo passado por várias fases até atingir o seu estágio atual - e aí encontrar a Mulher, que ninguém ainda sabe de onde veio.

É certamente ridículo pensar que as mulheres também descendem de macacos. A minha mãe, não!

Mas de onde veio a primeira mulher, já que podemos descartar tanto a evolução quanto as fantasias religiosas e mitológicas sobre a criação?

Inclino-me para a tese da origem extraterrena. A mulher viria (isto é pura especulação, claro) de outro planeta. Venho observando-as durante anos - inclusive casei com uma, para poder estudá-las mais de perto - e julgo ter colecionado provas irrefutáveis de que elas não são deste mundo.

Observei que elas não têm os mesmos instintos que nós, e volta e meia são surpreendidas em devaneio, como que captando ordens de outra galáxia, embora disfarcem e digam que só estavam pensando no jantar. Têm uma lógica completamente diferente da nossa. Ultimamente têm tentado dissimular sua peculiaridade, assumindo atitudes masculinas e fazendo coisas - como dirigir grandes empresas e xingar a mãe do motorista ao lado - impensáveis há alguns anos, o que só aumenta a suspeita de que se trata de uma estratégia para camuflar nossas diferenças, que estavam começando a dar na vista.

Quando comentamos o fato, nos acusam de ser machistas, presos a preconceitos e incapazes de reconhecer seus direitos, ou então roçam a nossa nuca com o nariz, dizendo coisas como "ioink, ioink" que nos deixam arrepiados e sem argumentos. Claramente combinaram isto. Estão sempre combinando maneiras novas de impedir que se descubra que são alienígenas e têm desígnios próprios para a nossa terra. É o que fazem quando vão, todas juntas, ao banheiro, sabendo que não podemos ir atrás para ouvir.

Muitas vezes, mesmo na nossa presença, falam uma linguagem incompreensível que só elas entendem, obviamente um código para transmitir instruções do Planeta Mãe. E têm seus golpes baixos. Seus truques covardes. Seus olhos laser, claros ou profundamente escuros, suas bocas. Meu Deus, algumas até sardas no nariz. Seus seios, aqueles mísseis inteligentes. Aquela curva suave da coxa quando está chegando no quadril, e a Convenção de Genebra não vê isso! E as armas químicas - perfumes, loções, cremes.

São de uma civilização superior, o que podem nossos tacapes contra os seus exércitos de encantos?

Breve dominarão o mundo. Breve saberemos o que elas querem. E se depois de sair este artigo eu for encontrado morto com sinais de ter sido carinhosamente asfixiado, com um sorriso, é porque minha tese está certa!


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Oi gente,
Vocês sabem que eu não sou muito de postar textos completos dos outros, por causa dos Direitos Autorais e tudo, mas... esse merece!!!

Dedico este post à todas as alienígenas que conheço e tenho a honra de chamar de amigas!

GC

sábado, 7 de maio de 2011

Lógica do raciocínio


Olhando para a fumaça do meu cigarro comecei a divagar... as espirais e colunas de fumaça subindo e eu pensando no velho “ar quente sobe” e maravilhado pelo modo como as moléculas que compõem essa fumaça se mantém unidas no centro de massa, e se dispersam lentamente nas periferias. Pensando em como seria bom poder pegar essa “nuvem” que vai subindo em pleno ar e daí dar milhares de destinos possíveis a ela. Daí comecei a pensar no patamar de desenvolvimento em que nossa ciência está no século 21 e fiquei um pouco frustrado. Por isso mesmo vou dividir o raciocínio com vocês.

Estamos cercados por ar, e sabemos isso desde a infância, mas... levemos em conta as substâncias em suspensão, como resultado da composição e recomposição do ar, por todo o tipo de influência, como fumaça: de carro, cigarro, queimada, além de milhares de tipos de aerossóis, CFC, freon, além das partículas voláteis que “evaporam” na hora de abastecer o carro, ou quando vaza combustível.

Bom, a questão é: sabemos disso tudo, mas... e aí? Apenas continuamos respirando? Minha ideia: colocar todos os gênios dos “MiT” da vida ai que estiverem de bobeira ou sub-utilizados para pesquisar uma forma de interagir com os átomos em “suspensão”, em ambiente natural!! Sim, porque todos sabemos que estamos sendo envenenados por tudo isso, e ninguém leva a sério?

Qual a ideia final por trás disso?, você se pergunta. Imagine poder instalar uma torre em cada zona de uma cidade, que transmitisse um tipo de onda específica para interagir com os átomos em suspensão na atmosfera dentro do raio de ação da onda. Sabemos que os átomos são cargas elétricas, mas, e se pudéssemos manipular essas cargas para literalmente “mover” esses átomos? Talvez até capturá-los!

Daí vocês devem estar pensando: “pronto, o cara pirou”!, e eu nem discordo, mas vamos pensar... é possível!Claro que no ritmo que as coisas andam, vai levar uns 300 anos, mais ou menos, e por isso mesmo eu tô falando quedeveriam começar logo a pensar a respeito!

Aí um outro dirá: “Mas estás ignorando as pesquisas dos caras do super acelerador de partículas que são nesse sentido mesmo”, e eu respondo: não estou não. Mas o meu ponto é que nossa ciência em pleno século 21, ainda precisa de uma máquina que atravessa o sub-solo de vários países pra conseguir registrar o choque de algumas ínfimas partículas, e ainda comemoramos na mídia! Desse ponto de vista, parabéns ao pessoal da Engenharia da Computação que tem trabalhado MUITO rápido no desenvolvimento de novas tecnologias de processamento. Acabaram de lançar um processador "megalopower", de tamanho insignificante. Essas tecnologias serão fundamentais no desenvolvimento técnico e de automação para a ciência do futuro, mas a pesquisa natural e o desenvolvimento de soluções intelectuais para as fases desse caminho, são a base de tudo.

O que falta é a conscientização do dito “Homem Moderno” de que usa só 10% de sua capacidade intelectual, por mais gênio que seja. Isso significa que os que não são tão geniais assim tem que dar mais duro para compensar. Mas o fato é que nossa ciência precisa evoluir em maior velocidade, e não digo isso só como brasileiro, digo isso como cidadão do mundo. Ressalto que, é claro, isso não é culpa dos cientistas que estão ralando aí todos os dias para prover o mundo de soluções as mais diversas, e jamais mereceriam ser criticados nesse sentido. Falo da FORMA GERAL como a questão é vista pelas pessoas, nossas contemporâneas. O foco das pessoas está tão centrado nas coisas do hoje, do agora, do rentável, que nem sequer pondera essas questões. Acha que isso é contraproducente, e portanto, coisa de maluco. Mas não é!

Temos exemplos de caras geniais, cientistas fantásticos, que descobrem coisas importantíssimas, e que não são nem citados no Jornal Nacional. Ninguém conhece, só os outros cientistas. Conheço alguns. Por outro lado, há caras que ganham títulos por fazer lobby pra ciência. Nem pisam num laboratório! O diretor que ganha títulos pela descoberta da universidade não é um grande cientista, é um grande político, via de regra. Ele sabia da pesquisa, apoiou porque viu possibilidades de algum tipo de compensação, seja grana ou prestígio, mas não tenha dúvida, se der alguma merda, ele corta o teu projeto na hora! Não há comprometimento com o descobrir, o pesquisar, mas com o ganhar, o agradar investidor, o não parecer louco...

Será que sou tão louco por pensar que os cientistas do nosso mundo podem muito mais? Eles sabem de suas capacidades, mas não encontram meios de viabilizar as pesquisas, seja por essa falta de apoio, seja pela inexistência do equipamento necessário. Mas eu tenho certeza que se essa consciência mudasse, a ciência seria uma das prioridades de todos os governos do planeta.

E devia ser assim mesmo!


G.C.

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Para crédito de quem tá desenvolvendo muito as pesquisas científicas, segue umas matérias interessantes que eu achei pela internet:

http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/cientista-infectado-virus-computador

http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/bbc/2010/12/28/cientistas-pretendem-criar-simulador-da-vida-na-terra.jhtm

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Só dois dedos de prosa


Daí começou a discussão sobre formação profissional e Mercado de Trabalho. Eu no meu canto. Teoria vai, teoria vem, alguém teve a triste ideia de perguntar o que eu pensava sobre o assunto:

- O Mercado de Trabalho te direciona para a escravidão. Eles te dizem: Seja um escravo e fique feliz por ter a oportunidade de ser explorado! Seja pró-ativo, seja otimista, seja participativo, use a técnica dos 5 "S", dos 4 "P", de tudo que é letra, seja esforçado, chegue cedo, saia tarde, mostre interesse, leve trabalho pra casa, não deixe de ir às festas babacas do seu chefe, tenha uma excelente aparência, seja cortês e educado sempre. Trabalhe muito e ganhe pouco. Abrace a sua escravidão! Aceite! Se você for for um bom escravo, quem sabe um dia você vira Feitor (ou Gerente, se preferir). Pouquíssimos se tornam Senhores de Engenho.

O que falta ao trabalhador brasileiro, é Dignidade!

E voltei a mergulhar no silêncio...
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Original: Guilherme Castelo


sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quadrinha aborrecida...


E as horas passam,
O tempo expira,
O gato espirra,
e o escritor suspira...
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Guilherme Castelo

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tiros em Columbine - A vida imita a arte, da pior maneira possível... (Peço licença para lamentar...)


Sei que esse não é o principal foco desse blog, mas, como brasileiro, e bem patriota que sou, não posso simplesmente não dizer nada nesta hora. Sinto, profundamente pela perda desses pequenos brasileiros que se foram, de uma forma tão cruel e idiota. Pessoas que poderiam ser qualquer coisa, poderiam seguir qualquer destino. Hoje, nossa nação chora a tragédia que se abateu sobre nós, como nunca antes. Nos acostumamos a ver essas coisas pela TV, direto dos EUA, via satélite. Agora, a dor é nossa.

Sabemos que há uma enorme gama de questões que influenciam no produto final do nosso panorama social, que gera de um lado a nova classe média e de outro, psicopatas. Nesse momento, nem quero realmente falar no assassino. Quero falar é no saldo. As vidas perdidas. As famílias destruídas. Os traumas...

Que país é esse que estamos construindo?

Façamos um minuto de silêncio por esses pequenos, mas para PENSAR em nossa responsabilidade nesse panorama. Seja por nossos votos, seja por omissão, seja por sermos, nós mesmos, os atores da violência, em muitos momentos. E choremos, a perda desses nossos filhos. Mais esses filhos do Brasil!



O QUE DIZEM AS "AUTORIDADES"

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ter amigos é tão bom...

Desde o dia em que te conheci
logo percebi,
que te amaria.

Aquela sensação de dèja vu
que brotou de ti,
me encantaria.

Imediatamente vi
que acharia ali,
minha companhia.

Se não sei de ti
Se não estás aqui,
Meu sorriso esfria.

Young like me
But strong like a tree.
Te adoro, guria!


Feliz Aniversário!!!!!

terça-feira, 29 de março de 2011

Último adeus ao José

O médico Raul Cutait afirmou, na tarde desta terça-feira, que o ex-vice presidente José Alencar, de 79 anos, "está se preparando para descansar". A declaração foi dada na porta do Hospital Sírio-Libanês, onde Alencar está internado na na unidade de terapia intensiva (UTI) desde segunda-feira.

- Como vocês viram no boletim, o vice-presidente está na fase... se preparando para descansar - disse Cutait.

(Fragmento retirado do site do Extra: http://extra.globo.com/noticias/brasil/medico-diz-que-jose-alencar-esta-se-preparando-para-descansar-1437553.html)


A notícia que segue, é a mais triste de todas, mas inevitável, infelizmente, para todos nós:

Morreu nesta terça-feira (29), aos 79 anos, o ex-vice-presidente da República, José Alencar, que lutava contra um câncer desde 1997.

(http://noticias.r7.com/brasil/noticias/morre-aos-79-anos-jose-alencar-ex-vice-presidente-da-republica-20110329.html)


Sentimos essa perda, todos nós, brasileiros, que acompanhamos sua luta. Não foi uma luta contra a morte, mas uma luta pela vida. Ele, mais que todos, representou o espírito do brasileiro, que não desiste nunca. Foram 13 anos de uma batalha injusta e inglória, contra um câncer, que já em metástase, vivia migrando por seu corpo.

Nos acostumamos, nos últimos meses, a vê-lo, sair de hospitais, sempre sorrindo, sempre apregoando esperanças. Claro que não era perfeito. Claro que alguém encontrará defeitos e tentará manchar sua imagem. Não importa. O que fica para nós, é o seu exemplo. Como empresários, como vice-presidente e como ser humano.

Hoje, todos choramos sua morte, como filhos que perdem seu maior exemplo. Políticas e polêmicas à parte, sentiremos falta do bom-humor, do carisma e da força desse grande brasileiro, que como Alexandre, o Grande, "saiu da vida, deixando para trás a glória eterna".

"Não tenho medo da morte, tenho medo da desonra. Se o sujeito é um político honrado, ele não morre nunca. mas se ele não tem honra, ele morre em vida." José Alencar.

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Pois você já pode descansar, velho amigo. Descansar, apenas, porque para nós, você nunca morrerá.

Obrigado, José, por tudo.

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