sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Cobradora Boxer X Ladrão Azarado

Foto: Antônio Melo

É gente, é como eu sempre digo, "um dia é da caça o outro do caçador". Essa matéria eu retirei na íntegra do site do Diário do Pará, edição do dia 13 de agosto de 2009. Um sujeito entrou em uma van, em Belém, e simplesmente resolveu assaltar a lotação. Agora o surreal: Com uma arma de brinquedo! E ainda se achou no direito de agredir as pessoas, verbal e fisicamente. Até que se percebeu que a arma que ele brandia era na verdade, falsa. Agora, pensa num ladrão azarado! Além de terem notado que a arma era de brinquedo, A COBRADORA AINDA ERA BOXER!! Arrebentou o ladrão na porrada!!!!!!!!!!
Tem dúvidas do azar do infeliz? Então, tá: Milagrosamente, justo nessa hora, tinha uma viatura parada no sinal, e o motorista colou nela, o que chamou a atenção dos guardas. Aí é que foram elas: os guardas mesmo já tendo "imobilizado" o ladrão, não puderam impedir a nossa cobradora predileta de acertar uma LINDA sequência NA CARA do biltre. Não é que eu apóie ou incentive a violência, mas como brasileiro, vítima desse sistema INJUSTO, quantas vezes, indignado, já quis pegar certos facínoras que existem por aí e QUEBRAR-LHES A CARA. Vocês não? Sejamos francos...

**********************

Cobradora valente vira "heroína popular"


Gabriela nocauteou um ladrão na noite da última segunda-feira
Só hoje, eu já contei sobre o caso mais de dez vezes e já me chamaram até de ‘Popó’”, disse, sorrindo, a cobradora Gabriella da Conceição de Oliveira Cabral, que nocauteou um ladrão na noite da última segunda-feira, em Ananindeua, após assalto à van em que ela e o irmão trabalham. Bastante machucado e baleado na perna, o acusado Cristiano Guimarães Pinheiro, 22 anos, foi levado para o Hospital Metropolitano e, a seguir, para a Seccional da Cidade Nova, onde foi autuado por roubo.

O caso foi destaque de ontem no DIÁRIO DO PARÁ e em rede nacional de televisão. O caso ganhou até proporções internacionais, com a divulgação da notícia pela TV Band News.

A coragem da jovem de 21 anos impressionou a todos. “Todo mundo me pergunta o que houve. Me parabenizam. Ganhei da TV RBA até uma bolsa de estudos em uma faculdade”, disse a jovem. Gabriella chegou a cursar o 1º semestre de Administração na Fapan, curso em que a faculdade ofertou uma bolsa de estudos à “boxeadora”, o que foi anunciado pelo apresentador Ronaldo Porto ontem na TV RBA.

Mais calma, mas ainda revoltada com tudo o que aconteceu, a jovem curtia a família e disse que agiu no momento certo graças aos ensinamentos do pai. “Na hora, eu fingi que estava chorando para tirar a atenção dele, porque eu esperava o momento certo para reagir. Meu pai, que era militar, me ensinou que se a gente acertar um golpe no queixo do alvo ele desmaia na hora”, falou Gabriella.

Waldir Cabral, 54 anos, pai de Gabi, contou que sempre aconselha os filhos a nunca regirem a assaltos, mas se perceberem que há possibilidade de atacar o criminoso, é preciso ser cauteloso.

“Eu mostro para eles que é preciso estudarmos tudo com calma. A cada passo na rua, devemos observar ao nosso redor como poderemos agir em caso de abordagem de um criminoso. É preciso fazer o assaltante acreditar que você vai colaborar e se, de repente, ele se distrair, os golpes devem ser precisos”, contou o senhor.





Gabriella queria defender o irmão

Em entrevista ao DIÁRIO, a “heroína” contou detalhes do fato:

DIÁRIO - Quando ele anunciou o assalto, quantas pessoas estavam no veículo?

Gabriella - Só havia uma senhora na van, mas em momento algum ela reagiu. Ele falava que se a gente não entregasse toda a renda do dia e a van ele nos mataria. A seguir, pegou o celular da passageira e antes de pedir o meu e o do ‘mano, eu consegui escondê-los.

DIÁRIO - Ele bateu em vocês?

Gabriella - Em mim e no meu irmão. Eu fiquei olhando para ele para tentar gravar a fisionomia para depois fazer um retrato falado. Aí ele percebeu que eu estava olhando e me agrediu.

DIÁRIO - Em que momento você decidiu reagir?

Gabriella - Quando meu irmão se jogou da van e ele apertou o gatilho. Só vi o ‘mano’ cair no chão e pensei que ele estivesse morto. Subiu uma raiva tão grande que eu não pensei em nada e avancei nele. O revólver caiu no chão e começamos a lutar. Ele me deu um chute e tentou pisar no meu rosto, mas quando foi fugir pela janela, puxei pela calça dele e apliquei vários socos. Tentei dar no queixo dele, mas não consegui.

DIÁRIO - Você percebeu logo que a arma era de brinquedo?

Gabriella - Não, eu fui para cima dele porque pensei que meu irmão estivesse morto, mas para mim a arma era de verdade. Só soube que era de brinquedo quando, fora da van, os policiais pegaram o revólver. Fiquei com tanta raiva que parti para cima.

DIÁRIO - Você teve medo?

Gabriella - Quando ele disse que ia nos levar para a avenida Independência e lá que o assalto ia começar. Ele já havia batido em nós, então eu pensei que ele ia fazer algo muito pior com a gente.

DIÁRIO - Você luta algum tipo de arte marcial?

Gabriella - Não. Mas pratiquei capoeira dos 12 aos 15 anos. Ultimamente não pratico o esporte. Só dou uns socos, de vez em quando, no saco de boxe do meu cunhado que está ali no pátio. Um vez fiquei olhando ele fazer e durante uns dias treinei lá.

DIÁRIO - Você não tem medo de vingança?

Gabriella - Olha, eu acredito muito em Deus e o que ele decidir para mim, será. (Diário do Pará)

******************************
Palavras dela.

Pessoalmente acho que ela tem é que "abrir os olhos". Nós sabemos que no Brasil, ladrão não fica na cadeia. Daqui a pouco ele tá aí nas ruas, e com essa superexposição do nome e imagem dela, acredito que ela corra sim algum tipo de perigo. Então, cuidado gatinha!!

De qualquer forma, mesmo sabendo ser perigoso e até imprudente reagir, só posso PARABENIZÁ-LA pela atitude (sabe lá o que ele ia fazer em seguida!!), dizer-lhe que fiz meus também seus socos, assim como MUITOS de nós, paraenses, brasileiros. Suas mãos, eram NOSSAS mãos, de indignação, de exasperação, de revolta. Estamos indefesos, porque somos aconselhados (pelo próprio bom-senso) a não agir nunca, a ser assaltados, apanhar, e calados. Estamos indefesos porque quem devia nos proteger não é capaz de fazê-lo.

E o que sobra então pra nós? O bagaço da laranja...

Mas dessa vez, safado, você se deu mal. Tá pensando que é assim? que vão ganhar todas? que tá tão avacalhado que até com arma de brinquedo neguinho já tá se sentindo à vontade pra bater em mulher, em homem, em todo mundo?? Tá pensando que todo mundo é otário?????

Ah, isso é que não...

Valeu Gabi!!

*********************
É isso aí, contando com a história do gato na sacola, são DOIS PONTOS pra nós!!!!!!!! hehehehe!

Nenhum comentário:

Gostou? Compartilhe: