sábado, 30 de janeiro de 2010

GRANDE AMOR POR UM FIO


De repente, percebi:
Era a idealização de ti que eu amava.
Era de olhos fechados, que eu te amava.
Sabendo, vendo, sentindo... mesmo assim te amava.

Quando chegavas, me hipnotizavas, me amavas...
E a esse teu amor, no escuro, me entregava,
mesmo sabendo que teu coração dividido estava...
Me dizias que não; que era amim que amavas,
e juravas, juravas...

Por te amar demais, ignorava os sinais, e aceitava.
Mesmo vendo os teus defeitos, sentindo os efeitos, me calava...
Pra te deixar livre, pra decidir por ti mesma, esperava...
Se te pedia pelo fim, me dizias:"não é assim"; me irritava.

E se por isso discutias, as palavras que dizias, magoavam...
não querias magoar, mas não podias evitar, já que era o que pensavas...
Pensavas em me amar no futuro, um lugar ainda mais escuro,
contradizendo o que falavas.
Ignoravas que pra nós, o tempo e as chances, se esgotavam...

Nossos sonhos se esvaíam, meus castelos caíam; me assustavas...
parecias já distante, parecias só amante; que era a outro que amavas...
Eu já não podia dividir, o amor que por ti senti, e que a esse outro dedicavas...
E esse outro sem saber, que no fim ia sofrer; não sabia o que o aguardava...

Ainda espero que despertes, que voltes a me amar...
que nossas palavras nunca mais nos firam...
Não digo que deixei de te amar,
Mas meus olhos se abriram!

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Original: Guilherme Castelo

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