sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sei e sinto



Um trecho de música latejando na cabeça,
um rosto pairando na mente.

Com a imagem vem um cheiro inebriante.
Um perfume tão conhecido como o ar.

Quase posso sentir o toque gelado das pontas dos dedos, 
percorrendo o meu braço.

Um vento frio e cortante me desperta do devaneio
e cinicamente, eu sorrio.

Sinto como sempre, que a distância é uma ilusão.
Uma ilusão que se projeta na cama.

O sorriso é por saber que no fundo do coração,
onde estiver,
ela me ama.


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Guilherme Castelo

Uma escolha da mente


Fiquei um tempo em silêncio, pensando...
As divagações são irmãs das lembranças.
E a mente viajou. 
Por mares muitos conhecidos, 
ruas mal-trilhadas e 
vales inexplorados...
Saudade dos mares...

Imaginei os vales. 
Os via, mas não os conhecia.
Curiosidade enorme.
Incertezas também.
Como tudo o que é desconhecido na vida.

A parte dos mares conhecidos foi muito prazerosa.
conheço cada atol, cada baía, cada molusco que ali habita.
Eu mesmo já o habitei.
Várias vezes.

Nas suas águas me banhei.
Em suas praias já senti arrepios.
À deriva, já me encontrei.

Nunca, entretanto, me cansei do mar.
Jamais senti enjoo.
Nenhuma vaga temi,
e o mais encapelado mar,
já dominei.

Amo o mar, porque ele também me ama.
O vivo, porque ele vive em mim.
E não posso esquecê-lo, porque faço parte dele.
E quando às ruas mal-trilhadas não posso falar muito;
É por onde ainda sigo, todos os dias.


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Guilherme Castelo

Far Away


Distante de casa,
distante de tudo.
A saudade me arrasa
e fico mudo.

Penso na vida;
Na vida que tinha...
Lembro da lida,
comendo farinha.

E lembrando, eu rio
das coisas de outrora...
E aí vem o vazio,
das noite de agora.

Daí olho pra frente,
sabendo a razão.
Essa é a vida da gente,
queiramos ou não!

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Guilherme Castelo

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