quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Desejo um amor assim...


A intenção desse pequeno texto é falar de AMOR. De muitas formas, de vários tipos, com muitas caras. Amor desmedido, amor sem-vergonha, amor eterno, amor bandido. Todos os amores que sentimos ao longo da vida, e, aquele que sabemos ser o maior, verdadeiro, imortal.

Não é incrível a quantidade de vezes que dizemos: "eu te amo", na vida, sem realmente amarmos? Quantas vezes até acreditamos amar alguém, mas quando o sentimento é posto à prova, vemos do que é feito. Mas o que mais me impressiona, é, muitas vezes, não dizermos isso A QUEM DE FATO AMAMOS! É não valorizarmos essas pessoas enquanto estão ao alcance das mãos. É não lhe darmos um grande beijo ao nos despedirmos, e talvez não termos nunca mais a chance de fazê-lo. É não lhe olharmos nos olhos e dizermos:"Ei, você é muito importante pra mim. Descobri que não sei viver sem você e que te amo muito, apesar do tempo, das dificuldades, das incertezas. Te amo apenas por você existir na minha vida, e sou grato por isso."

É não valorizarmos essa pessoa pelo que ela é; É não estarmos "junto", quando ela precisa; É não perdoá-la, quando erra.

Amar é um constante aprendizado, mas tal como na escola, é preciso que PRESTEMOS ATENÇÃO. É preciso reciclar o que sabemos. É preciso EXERCITAR tais conhecimentos. E acima de tudo, é preciso ter humildade pra aceitar que sempre há o que aprender acerca da vida e do amor, que as pessoas são diferentes, logo, nem tudo se aplica; E que vamos errar um bocado tentando acertar, mas se dermos amor, o receberemos de volta.

Acredito nisso, mesmo que seja apenas na esperança de encontrá-lo. Ali na esquina, na fila do banco, no meio da rua... Encontrar o amor, que eu já conheci, mas sumiu daqui... Reencontrar o amor, e o agarrar bem forte, pra nunca mais partir...

E pra você? O que é o amor?
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Original: Guilherme Castelo

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Através da Vida


Como é complicada essa vida...
minha infância perdida,
não sei nem o porquê.

Tanta coisa esquecida,
tanta estrada comprida,
tanto ser ou não ser...

Fiz escolhas trocadas,
fui por estradas erradas
e temi me perder.

Também houve acertadas,
já dei muitas risadas,
já rugi de prazer...

De sucessos e fracassos,
evitei tantos laços,
sempre buscando saber...

Saber quais os passos,
pra preencher os espaços,
e de ninguém esquecer...
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Original: Guilherme Castelo

Catch a Fire!!

Daí lendo as notícias de hoje, me deparei com essa do Diário On-line:
FOTO: Wildes Lima

Trabalhadores do transporte alternativo da Região Metropoliana de Belém, revoltados com a quebra do acordo firmado entre a categoria, vereadores e CTBel voltaram a protestar.

Perueiros causaram transtornos hoje, pela manhã (foto: Wildes Lima)

Eles fecharam a avenida Padre Champagnat esquina com avenida Portugal, no Centro Comercial de Belém, e atearam fogo em pneus para bloquear o trânsito próximo ao palácio Antônio Lemos, sede da Prefeitura de Belém.

Durante a manifestação, perueiros jogaram bombas dentro da fogueira e causaram pânico nas pessoas que passavam. Em virtude da fumaça, alguns logistas da área tiveram que fechar seus estabelecimentos. Diário Online)

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Outra vez me deparo com notícias de protestos, feitos à base de fogo e fumaça. Tá virando moda, já há algum tempo, aliás. Contudo, não consigo me "acostumar" com essa idéia. Eu mesmo, na condição de "protestador" habitual de quase tudo, não consigo entender completamente a "lógica" por trás desse tipo de ação. Entendo a posição dos perueiros, veja bem, acredito que há MESMO necessidade de uma política pública que os leve a sério, uma vez que o governo não consegue resolver a questão do abastecimento de transporte coletivo (junto às empresas), e os perueiros, por outro lado, ajudam EFETIVAMENTE, na fluência do tráfego de Belém. Quase todos nós, usuários de ônibus, já tomamos uma van, em algum momento. E na maioria das vezes, é justamente porque NÃO TINHA UM ÔNIBUS QUE NOS LEVASSE. Quer dizer, isso é uma questão muito mais social que política. E econônica também, é claro. Afinal, SOMOS NÓS quem pagamos, tanto a passagem do ônibus, quanto do perueiro (que geralmente é ligeiramente mais cara). Pagamos até O SALÁRIO DOS POLÍTICOS QUE NADA FAZEM PARA RESOLVER A QUESTÃO!

Aí eles se reunem na câmara, fazem uma balbúrdia, promovem um quebra-quebra generalizado, e não importa quanto espetáculo deem, NADA SE RESOLVE.

Saem todos os "interessados" mais perdidos do que antes. O prefeito desapareçe nessas horas. E no dia seguinte, a fila no meu ponto de ônibus tá igualzinha. Ou pior.

É por isso que, cansados de tentar acordo enquanto são marginalizados, os perueiros resolvem se unir, para protestar, para reinvindicar seus direitos como cidadãos, e contribuintes, e no auge dessa idéia justa, eles resolvem... Queimar pneus? Fala sério pessoal, vocês podem fazer melhor. Não percebem que agindo assim só prejudicam à NÓS, os passageiros, seus clientes, QUE NÃO TEMOS CULPA NENHUMA? Não veem que assim você nos paralisam, o que inviabiliza uma série enorme de atividades ao redor da cidade, atividades como: as frutas e verduras que vocês querem comer, vindas da Ceasa, a cervejinha que bebem, que fica paralizada no trânsito e não pode ir pro freezer, além de questões mais sérias como o acesso que fica inutilizado para ambulâncias, grupamentos dos bombeiros, e todo o tipo de ajuda que outras pessoas possam estar necessitando naquele momento.

Quer outra? Vocês mesmos, que são trabalhadores, pessoas das quais outras pessoas dependem, expõe-se a riscos desnecessários, manipulando fogo e gasolina (enquanto deveriam estar trabalhando para levar o leite do Joãozinho, pra casa à noite), expondo-se às represálias da polícia, enfim... Mas uma das questões que julgo mais importantes (em função de seu potencial danoso), é a fumaça. Quantos quilos de fumaça negra, puro derivado de petróleo, carbono puro, são despejado na atmosfera à cada "protesto" desses? Todo mundo tá queimando pneus! Se pensarmos bem, será que os motoristas em geral já não poluem DEMAIS a atmosfera só com seus escapamentos? Ainda precisa de mais?

Imagino que se algum deles lesse isso diria: "então tá, sabidão, e qual é a solução?". Socraticamente, digo-lhes que não sei. Seria esperar demais de uma pessoa apenas, uma vez que vocês todos já estão há um tempão nisso e não resolvem. Posso apenas, opinar:

--> Reunam-se como um grupo coeso. Acertem suas diferenças internas antes de sair protestando. Nem vocês sabem ao certo o que querem. Já ouvi todo o tipo de "eu quero é", de vários perueiros.

--> Tentem utilizar os trâmites. Sim, como entidade (realmente) organizada, tentem buscar JURIDICAMENTE, apoio aos seus interesses.

--> Vão a todos os meios de comunicação falar, repercutir, insistir, denunciar, enfim, fazer todo o barulho possível

--> E finalmente, se nada disso resolver, façam o piquete. Mas o façam no lugar certo!! Façam na frente da casa do prefeito, do secretário de transportes, enfim, de quem tem OBRIGAÇÃO de lhes ouvir e resolver o problemas. Mas SEM FOGUEIRAS! Notem que quando vocês fecham avenidas e ruas, não é a ELES que vocês prejudicam. Eles podem sair tranquilamente de suas casas, e circular por onde quiserem com seus carros blindados. Somos nós que ficamos fritando no engarrafamento. Pergunto: É justo?

Então é isso gente. Meu protesto sobre o protesto. E dou só mais um último parecer: Se tudo o mais falhar, crie um blog, siga protestando e denuncie todo mundo!!!


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Independência ou Morte??!

7 de setembro. Comemoramos hoje a Independência do Brasil. O que está errado nessa frase? TUDO! Vejamos:

Comemora-se algo bom, algo de que se quer lembrar, comemora-se o sucesso em algo. Temos o que comemorar?

Independência... Desde quando? Somos até hoje totalmente dependentes, se não de Portugal, de todo o sistema capitalista, chefiado pelos EUA. Tanto que uns poucos loucos que especulem mal no mercado imobiliário deles causa uma crise no mundo todo...

Mas deixemos de ser tão fatalistas. Nos atenhamos à história: Quem "declarou a independência" do Brasil? Dom Pedro, filho do então imperador português, imperador esse que havia fugido para cá por medo de Napoleão e com sérios problemas com a Inglaterra. Com o exército francês se aproximando perigosamente da pátria lusa, a Coroa portuguesa não teve outra escolha a não ser voltar e tentar "marcar presença". Imaginem a pressão que esse imperador devia estar sofrendo dos outros membros da corte, seus patrícios. Mas não podia perder o Brasil, essa colônia maravilhosamente rica, que estava elevendo Portugal à patamares de Riqueza, poder e domínio como nunca antes. Sim porque, foi o ouro, o café, a cana-de-açucar e a borracha brasileira, além do sistema escravocrata utilizado por eles então, que os colocou no papel de maior império "colonizador", da época.

Por outro lado, rebentavam pelo país afora, uma série de insurgências e protestos, brasileiros insatisfeitos que não tinham perspectivas e sabiam-se explorados (peraí, ainda é assim!), que começavam a conspirar contra os desmandos do "Império" e da família Real, que no Brasil, havia tomado as melhores casas para si, os principais recursos, e ainda tinham o descaramento de andar de liteira, cheios de seda, pra cima e pra baixo.

Então pensemos: Se a família Real fosse toda embora, perderia o Brasil. Se ficassem, poderiam perder Portugal! E no meio dessa "dúvida" toda, D. Pedro "resolve" se unir aos insurgentes "contra o pai" e declarar a independência. Mas como assim? Se o próprio Imperador disse: "vai filho, e torna-te o imperador do Brasil. Prefiro que sejas tu, que um desses aventureiros"! Ou seja, foi um truque! Ilusionismo! E até hoje tentam empurrar isso para as nossas crianças. Não houve "independência", o que houve foi um caso descardado de nepotismo! Nem aquela cena bonita que vemos nos livros história foi daquele jeito. O cavalo dele era um "pônei" e nem tinha tanta gente assim às margens do Ipiranga. E de mais a mais, que papo foi esse de "Independência ou morte"? E por acaso Imperador iria ordenar a morte do próprio filho? Teve morte sim, mas dos nossos bisavós...

Resumo da ópera: Não temos o que celebrar (nesse sentido) pois não somos independentes.

Felizmente, o produto final dessa balburdia somos nós, brasileiros legítimos, formados na mistura de todas essas raças e culturas. Nós, os segundos donos da terra (primeiro os índios, hein?). Nós que sangramos nos trocos das fazendas, nós que fugimos para os quilombos, nós que fomos caçados como bicho. Sim, nós, pois essa terra e essa história são nossa herança. Eram nossos ancestrais africanos, indígenas, europeus, que ao se "misturar" criaram esse milkshake genético que somos. E nos orgulhamos muito disso.

Essa, aliás, é uma diferença fundamental entre nós e a maioria dos outros povos do mundo "civilizado". Os europeus, por exemplo, adoram se gabar de sua origem, seu pedigree. Povos como o espanhol e o alemão, fazem todo o possível pra não se "misturar", diluindo assim a "pureza do seu sangue". Muitos deles (franceses e ingleses, por exemplo), tem rivalidades seríssimas e "milenares" entre si. Cada um querendo ser mais "soberano" que o outro. Nós por outro lado, somos plenamente cônscios de nossa origem, e mais cônscios ainda de nossa IDENTIDADE. Ser brasileiro é justametne o oposto do que eles são. Brasileiro é mistura, é miscigenação, é soma. Sabemos que não descendemos de nenhuma raça milenar, e gostamos disso! Brasileiro gosta é de somar, de agregar. Brasileiro gosta é do oposto. Repare: Quantos casais interraciais você conheçe? Negão adora loira, e vice-versa. Só aqui é possível encontrar tantas pessoas de uma mesma nacionalidade com tantas características diferentes. Há brasileiro japa, negão, branquelo, ruivo... tem até malhado! E é exatamente isso que nos enche de orgulho: A diversidade. A nossa existência é um tributo à superação, e à sobrevivência a qualquer custo.

Então, nesse 7 de setembro, vamos comemorar a coisa certa: Celebremos o Brasil e os brasileiros. Celebremos a (pouca, eu sei...) tolerância que nos fez crescer como povo. Celebremos os nossos ancestrais, que batalharam pelo sonho de um país mais justo e livre, e nos ensinaram a não desistir jamais. Celebremos à memória de todos os homens e mulheres que deram suas vidas, através da história para defender nossa liberdade. Celebremos a todos aqueles que morreram (até hoje) tentando nos tornar verdadeiramente independentes. No pensamento. Nas atitudes.

Celebremos mas para não esquecer nossos heróis, os inconfidentes, os cabanos e tantos outros que com seu sangue, escreveram nossa história. Celebremos hoje, porque amanhã, a batalha recomeça...
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Original: Guilherme Castelo

À primeira vista


Chico César

Composição: Chico César

Quando não tinha nada, eu quis
Quando tudo era ausência, esperei
Quando tive frio, tremi
Quando tive coragem, liguei...

Quando chegou carta, abri
Quando ouvi prince, dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei...

Quando me chamou, eu vim
Quando dei por mim, tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei...

Amarazáia zoê, záia, záia
A hin hingá do hanhan.....
Ohhh!
Amarazáia zoê, záia, záia
A hin hingá do hanhan.....

Quando não tinha nada, eu quis
Quando tudo era ausência, esperei
Quando tive frio, tremi
Quando tive coragem, liguei...

Quando chegou carta, abri
Quando ouvi Salif Keita, dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei...

Quando me chamou, eu vim
Quando dei por mim, tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei...

Amarazáia zoê, záia, záia
A hin hingá do hanhan...
Ohhhhh!
Amarazáia zoê, záia, záia
A hin hingá do hanhan.....

Quando me chamou, eu vim
Quando dei por mim, tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei...

Amarazáia zoê, záia, záia
A hin hingá do hanhan....

Ohhhhh!
Amarazáia zoê, záia, záia
A hin hingá do hanhan...(2x)

Ohhhhh!
Amarazáia zoê, záia, záia...

domingo, 6 de setembro de 2009

Porque eu sei que é amor...



Porque eu sei que é amor
Eu não peço nada em troca
Porque eu sei que é amor
Eu não peço nenhuma prova
Mesmo que você não esteja aqui
O amor está aqui
Agora
Mesmo que você tenha que partir
O amor não há de ir
Embora
Eu sei que é pra sempre
Enquanto durar
E eu peço somente
O que eu puder dar
Porque eu sei que é amor
Sei que cada palavra importa
Porque eu sei que é amor
Sei que só há uma resposta
Mesmo sem porquê eu te trago aqui
O amor está aqui
Comigo
Mesmo sem porquê eu te levo assim
O amor está em mim
Mais vivo
Porque eu sei que é amor...
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Nova música de trabalho dos Titãs.
Letra muito boa, a melodia é que é meio
questionável...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Feliz Aniversário, Velho Amigo





Desde pequeno, me acostumei com você,
nem sabia andar, mas já vinha te ver.
Manhã de domingo, já tinha o que fazer,
perturbar pai e mãe, pra alguém me trazer.

Coisa mais linda do mundo,
Quando vi o peixe-boi na minha frente.
As ararinhas no fundo,
e os macaquinhos mexendo com a gente.

Já faz muito tempo,
mas não posso esquecer,
aquele dia de outubro,
em que conheci o poraquê.

Resististe tantos anos,
te tornaste secular.
Mesmo com perdas e danos,
continuas a me inspirar.

Te desejo longa vida,
espero mesmo que te salves.
Orgulho da minha Belém querida,
VIVA O BOSQUE RODRIGUES ALVES!

Imagens garimpadas em vários sites de imagens via Google.
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Original: Guilherme Castelo
Alusivo ao aniversário de 126 anos do Bosqu Rodrigues Alves.
Última nota: A desconstrução rítmica é INTENCIONAL!

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